Fixação Profilática

A fixação profilática é um procedimento muito realizado para as metástases ósseas, com um conceito de difícil compreensão para alguns pacientes e acompanhantes, razão pela qual vamos nos aprofundar um pouco no tema.

O ato de fixar uma fratura é algo que todos os ortopedistas fazem, e consiste em usar materiais metálicos (placas, pinos, parafusos, hastes) para deixar um osso (ou parte dele) em posição aceitável para que cicatrize bem e sem prejuízos ao paciente. O tipo de implante a ser usado e como a cirurgia será feita depende da idade do paciente, tipo de trauma, local e tipo de fratura.

A profilaxia, termo que vem do grego “precaução”, é utilizada em muitos aspectos da medicina. Como exemplos mais comuns, temos os antibióticos profiláticos, administrados ao paciente, sem infecção, ao realizar uma cirurgia, e as vacinas, que evitam que adoeçamos.

Da mesma maneira, a fixação profilática é o ato de fixarmos um osso que (ainda) não está fraturado. É justamente neste ponto que mora o perigo, neste “ainda”.

A fixação profilática é indicada para pacientes com metástases ósseas que tem grandes chances de fraturar o osso, seja por onde se localizam, pelas características da lesão ou pela agressividade da neoplasia do paciente.

Ao avaliar uma metástase óssea, seu médico irá lhe perguntar quanto você tem de dor, além das características dela, se dói mesmo em repouso, com quais medicamentos passa, entre outros questionamentos. Além disso, vai analisar seus exames de imagem (radiografias, tomografias, ressonância) para verificar o tipo da lesão, seu tamanho e onde se localiza.

Ao associar todas essas informações, lhe dirá se existe ou não indicação de fixar, profilaticamente, a sua lesão. Note que esta avaliação é dinâmica, e pode mudar de uma consulta para a outra.

Caso haja indicação de uma cirurgia profilática, a cirurgia será agendada, e seu médico pode ou não pedir-lhe para utilizar muletas ou andador até a data da cirurgia.

As fixações profiláticas costumam ser cirurgias rápidas, com tempo de internação curto (de apenas um ou dois dias) e retorno às atividades habituais rapidamente.

Mais frequentemente são feitas com hastes intramedulares (como a da figura), que protegem todo o osso afetado, são minimamente invasivas, e permitem ao paciente função total após a cirurgia.